domingo, 18 de abril de 2010

Abril

"em terra de cego
quem tem um olho só,
todo mundo acha que é doido"
Pedaços

Se não sei ler, inventarei minhas próprias histórias
Se meu horizonte é curto, viajarei em pensamento
Se sinto muita sede, regarei o meu jardim
Se me castram as vontades, desejarei em silêncio
Se não enxergo tão longe, criarei o universo por detrás da cerca
Se o sol fere minha pele, aproveitarei intensamente a luz do luar
Se me obrigam a ser outro, serei eu dentro de mim
Se sobreviver me mata, viverei com aquilo que me resta
Se a vida me é curta, morrerei em paz.

Um comentário:

  1. "Se sobreviver me mata, viverei com aquilo que me resta"

    Matar não mata, mas sufoca as vezes! rs
    e 'aquilo q resta' é esse mistério e esta dádiva q chamo de vida-a-vida. Ora doce, ora amarga...o importante e degustar cada sabor sem medo. Inclusive, do amargo...

    e amargo é o preço de se ter olhos em terra de cego, porem, muita mais doce, é ter olhos que tresspassam essa carapaça humana.

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