Não há ninguém por perto, somente miragens, daquilo que procura e quer, mas não é real. NADA. Um imenso vazio cheio de areia clara. O sol esquenta os dias demasiadamente e a noite congela o coração. Espera encontrar um Oasis perdido na imensidão vazia. Caminha sempre, mas não sabe bem pra onde ir. Sem referência, pode estar andando em círculos, quem sabe? Sua figura é sempre a mesma, por mais que o tempo passe e a aridez do deserto a invada. Olha para o céu e, às vezes, vê a beleza de seu azul, mas nela não encontra a saída. De repente se vê cercada por espelhos, grandes, pequenos, espelhos. Não vê sua imagem, não vê nada. Ela é oca, e transparente. Corre, mas a areia fofa a puxa para baixo e rapidamente está cansada, suas pernas não a obedecem mais. Sonha com um banho de tinta preta. “É tudo tão claro aqui, que mal posso agüentar”, reclama em silêncio. Silêncio. Silêncio.quarta-feira, 28 de abril de 2010
Deserto
Não há ninguém por perto, somente miragens, daquilo que procura e quer, mas não é real. NADA. Um imenso vazio cheio de areia clara. O sol esquenta os dias demasiadamente e a noite congela o coração. Espera encontrar um Oasis perdido na imensidão vazia. Caminha sempre, mas não sabe bem pra onde ir. Sem referência, pode estar andando em círculos, quem sabe? Sua figura é sempre a mesma, por mais que o tempo passe e a aridez do deserto a invada. Olha para o céu e, às vezes, vê a beleza de seu azul, mas nela não encontra a saída. De repente se vê cercada por espelhos, grandes, pequenos, espelhos. Não vê sua imagem, não vê nada. Ela é oca, e transparente. Corre, mas a areia fofa a puxa para baixo e rapidamente está cansada, suas pernas não a obedecem mais. Sonha com um banho de tinta preta. “É tudo tão claro aqui, que mal posso agüentar”, reclama em silêncio. Silêncio. Silêncio.
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