Numa sociedade rica os homens não têm a necessidade de trabalhar com as mãos e se dedicam a atividades intelectuais. Existem cada vez mais universidades e cada vez mais estudantes. Para desenrolar seus pergaminhos é preciso que eles encontrem temas de dissertação. Existe um número infinito de temas pois pode-se falar sobre tudo e sobre nada. Pilhas de papel amarelado se acumulam nos arquivos que são mais tristes que os cemitérios porque neles não vamos nem no dia de finados. A cultura desaparece numa multidão de produções, numa avalanche de sinais, na loucura da quantidade. (KUNDERA, 1985, p.108)
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