Nesse jeito romântico de ver as coisas, às vezes me perco no vazio da procura da verdade, de como distinguir o que é real do que é imaginado, criado, inventado, por alguma coisa dentro de mim. Um eu sonhador que cria pessoas, sentimentos e até momentos, que nunca existiram. Pelo menos assim me parece às vezes, quando dou de cara com a realidade depois de muito pensar naquele último sonho. Entre porquês e desculpas, também criadas, me vejo dentro de um mundo só meu, onde ninguém alcança e onde estou sozinha, que é como estamos sempre no fim das contas. Nesse lugar me pergunto se alguma coisa, pelo menos alguma coisinha foi real. Porque é triste ver que tudo não passou de um sonho, imaginação, mesmo quando pareceu tão bonito e real. E ainda assim me afogo em perguntas e milhares de possíveis respostas que me digam o que aconteceu durante todo o tempo em que eu estive nas nuvens. Despenquei de lá de cima e até a dor física da queda eu posso sentir. Doem-me ombros e pescoço. Como se eu tivesse caído de cabeça, mas sobrevivido à queda, com algumas seqüelas, é claro. Seqüelas que se acumulam e me tornam, talvez, um pouco deficiente. Um pouco inapta para realizar certas atividades novamente, do tipo... correr. Talvez agora eu só possa mesmo esperar.

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