sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Desculpa!

Puta que pariu! Quem foi que me fez preocupar tanto com os outros? Quer saber? Fodam-se todos vocês! Eu quero mais é que todo mundo se exploda! Porque na hora de se preocuparem comigo... cadê? E eu aqui feito uma trouxa preocupando com fulano, com ciclano... Ah, meu cú! Ta todo mundo cagando pra mim! A verdade é essa!Vou é colocar a capa da invisibilidade sensitiva e ligar o foda-se para os sentimentos alheios. Quem sabe assim, e finalmente assim, eu vou conseguir a leveza que tanto procuro? Talvez todo o peso que carrego em minhas relações seja, simplesmente, a eterna necessidade de ser “legal” com todo mundo, de não magoar ninguém, de ser “boazinha”. Cada um tem que cuidar de si, se se magoou é problema seu e de mais ninguém!




E mais uma vez eu vou pedir desculpas... Só pra ficar tudo bem...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

No meio da aflição objetiva de sobreviver nesta cidade, neste país, neste planeta, neste tempo – ando também bastante sereno. Acho. Alguma coisa em mim - e pode-se chamar isso de "amadurecimento" ou "encaretamento" ou até mesmo "desilusão" ou "emburrecimento" – simplesmente andou, entendeu? Desisti de achar que o príncipe vai achar o sapatinho (ou sapatão) que perdi nas escadarias. Não sinto mais impulsos amorosos. Posso sentir impulsos afetivos, ou eróticos – mas amorosos, sinceramente, há muito tempo. É estranho, e não me parece falso, mas ao contrário: normal. Era assim que deveria ter sido desde sempre. E não se trata de evitar a dor, é que esse tipo de dor é inútil, é burra, é apego à matéria. Sei lá. Eu não sei se me explico bem. (Caio Fernando Abreu)

Será que tudo aconteceu dentro da minha cabeça?

Nesse jeito romântico de ver as coisas, às vezes me perco no vazio da procura da verdade, de como distinguir o que é real do que é imaginado, criado, inventado, por alguma coisa dentro de mim. Um eu sonhador que cria pessoas, sentimentos e até momentos, que nunca existiram. Pelo menos assim me parece às vezes, quando dou de cara com a realidade depois de muito pensar naquele último sonho. Entre porquês e desculpas, também criadas, me vejo dentro de um mundo só meu, onde ninguém alcança e onde estou sozinha, que é como estamos sempre no fim das contas. Nesse lugar me pergunto se alguma coisa, pelo menos alguma coisinha foi real. Porque é triste ver que tudo não passou de um sonho, imaginação, mesmo quando pareceu tão bonito e real. E ainda assim me afogo em perguntas e milhares de possíveis respostas que me digam o que aconteceu durante todo o tempo em que eu estive nas nuvens. Despenquei de lá de cima e até a dor física da queda eu posso sentir. Doem-me ombros e pescoço. Como se eu tivesse caído de cabeça, mas sobrevivido à queda, com algumas seqüelas, é claro. Seqüelas que se acumulam e me tornam, talvez, um pouco deficiente. Um pouco inapta para realizar certas atividades novamente, do tipo... correr. Talvez agora eu só possa mesmo esperar.