quarta-feira, 28 de abril de 2010

A Balança



De um lado o medo da vida
A incerteza do futuro
A dor de ser

Do outro a tranqüilidade
A esperança no amanhã
A alegria de viver

Um pinta de negro
O que o outro colore
Enquanto um se perde
O outro não se deixa abater
Para um a esperança não morre
Mas o outro nem mesmo a viu nascer

Os dois lados se completam
Nem tão pesado, nem tão leve
Nunca tão claro e tão pouco tão escuro
E assim, mesmo com todo o frio do amanhecer
Haverá sempre o sol quente, que jamais deixa arrefecer

Deserto

Não há ninguém por perto, somente miragens, daquilo que procura e quer, mas não é real. NADA. Um imenso vazio cheio de areia clara. O sol esquenta os dias demasiadamente e a noite congela o coração. Espera encontrar um Oasis perdido na imensidão vazia. Caminha sempre, mas não sabe bem pra onde ir. Sem referência, pode estar andando em círculos, quem sabe? Sua figura é sempre a mesma, por mais que o tempo passe e a aridez do deserto a invada. Olha para o céu e, às vezes, vê a beleza de seu azul, mas nela não encontra a saída. De repente se vê cercada por espelhos, grandes, pequenos, espelhos. Não vê sua imagem, não vê nada. Ela é oca, e transparente. Corre, mas a areia fofa a puxa para baixo e rapidamente está cansada, suas pernas não a obedecem mais. Sonha com um banho de tinta preta. “É tudo tão claro aqui, que mal posso agüentar”, reclama em silêncio. Silêncio. Silêncio.

domingo, 18 de abril de 2010

Abril

"em terra de cego
quem tem um olho só,
todo mundo acha que é doido"
Pedaços

Se não sei ler, inventarei minhas próprias histórias
Se meu horizonte é curto, viajarei em pensamento
Se sinto muita sede, regarei o meu jardim
Se me castram as vontades, desejarei em silêncio
Se não enxergo tão longe, criarei o universo por detrás da cerca
Se o sol fere minha pele, aproveitarei intensamente a luz do luar
Se me obrigam a ser outro, serei eu dentro de mim
Se sobreviver me mata, viverei com aquilo que me resta
Se a vida me é curta, morrerei em paz.

sábado, 17 de abril de 2010

Renascimento

O Rio e o Oceano
Osho

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguem pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tudo novo de novo...













Inspiração

Jovem inspiradora
Da inspiração jovem
Que inspira a juventude
A se inspirar a ser jovem
Jovem que me inspira
A inspiração jovial
Inspira-me a jovialidade
De inspirar outros jovens
As serem jovens inspiradores
Como a jovem inspiradora
Do meu ser jovial