sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Virtus est vitium fugere

fones de ouvido
saquinhos
romance
protetor labial
televisão
caixinhas
explicações
simetria
cigarro
hidratante
coca-cola
carinho
sono
álcool
ócio

sábado, 14 de agosto de 2010

Barulho

(melancholy, atomic, uranic idyll - Salvador Dali 1945)

O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo. O Martelo que prega o quadro na parede que separa o quarto da sala de estar do vizinho. Pego a furadeira faço milhões de furos no teto enquanto o liquidificador tritura o gelo o som no mais alto volume cena de perseguição na TV amigos relembram histórias do passado na dança o sapateado e tambores na varanda. Agora não ouço mais o martelo...

Nunca foi tarde

Ando pela rua a te chamar, mas na verdade, tanto faz. Porque visto as frases que você me de, mas elas não me servem mais. O que aconteceu com seu futuro que era o meu? Agora não adianta mais me responder. Nem venha me dizer. Quem passou do ponto onde era longe, e de que jeito era o certo. Porque minha dor sempre se esconde, mas nunca sai de perto. O que aconteceu com meu futuro que era o seu?

Eu não vou provar do seu antídoto que me salva e me condena a me encontrar perdido. Não preciso de você pra descobrir que a estrada infinita que tenho que seguir não leva a nada.
Começamos o fim... É assim. O melhor pra você, o melhor pra mim. Eu não voltaria mesmo e você não podia ter ficado aqui. Nunca foi tarde.

E hoje quando amanhece sol abro a janela para a chuva. Que coincidência: tua mão não cabe mais na minha luva. O que aconteceu com o futuro que morreu? Ou nunca existiu? Você nem olhou pras coisas que admiro. E nem me ouviu, mas era eu quem te chamava com meu último suspiro. O que aconteceu com o futuro que se perdeu? Nunca foi tarde. (Moska)

Trampolim

Você não sofre porque não sente o que eu sinto. Há um iceberg em você que eu tenho que derreter. Que tipo de piscina terá embaixo desse trampolim? Que pulo que eu vou ter que dar pra não me ferir? Porque acordar sem você é ficar cego no amanhecer. É assistir o fim do mundo, depois escurecer. E eu no meio disso tudo sem saber, que já estamos no início do que vamos ser.
(Moska)